(Foto: blog Chutando o Balde) |
De um texto originário de uma avalanche emotiva, surge uma reflexão ao melhor estilo #filosofiadebotequim. É comum a gente reclamar da vida. Parece algo bem típico do ser humano. Aliás, aquele que nunca reclama de nada, nunca tem problema, certamente tem um defeito pior: a mentira. O que às vezes não passa pela nossa cabeça é: todos estão passando por algo do tipo. Ou já passaram. Ou passarão. Não estou entrando no mérito de motivos, ta? Todo mundo acha o seu pior. O pobre diz que o rico reclama de barriga cheia; queria ele ter o dinheiro do outro que iria viver sorrindo sem problema algum. O rico, ao contrário, diz que o pobre é feliz por que pode se dar ao luxo de se divertir, ter tempo para a família, não ser julgado o tempo inteiro e tal e tal e tal.
A verdade é que os problemas nos cansam. A nossa rotina nos cansa. As nossas obrigações nos cansam. Ser bonzinho o tempo inteiro enche o saco. Ser pró-ativo o tempo inteiro é irritante. Ser forte o dia inteiro é sacal. Ser famoso todos os dias, para todos os olhos, tira do sério. Abençoado seja o inventor do pão e circo (sem méritos políticos, ok? Antes que os reacionários de plantão me bombardeiem. Isso é modo figurado de dizer)! O momento permitido pela lei da consciência de cada um para chutar o balde. Aproveitemos, claro. Por que não? Mas não vamos cair nessa ilusão que, afinal de contas, é o princípio desse invento. Vamos usá-lo ao nosso favor. Aproveite isso. Hoje, por exemplo, que é sexta-feira: chute o balde, sim. Mas saiba que isso não vai mudar sua realidade e nem resolver os seus problemas.
“Faze o que tu queres, pois há de ser tudo da lei”. Concordo. Só que vamos cuidar daquilo que nos faz bem de verdade. Fazer o que queremos de verdade. Se você não pode plenamente se livrar das obrigações, como eu também não, vamos fazer o seguinte: doses diárias e homeopáticas daquilo que nos faz bem. Isso, sim, pode mudar alguma coisa no nosso astral. E, para não dizer que isso é uma página de um livro de auto-ajuda, aproveite o pão e circo sim! Afinal, ser “cabeça” toda a hora é um saco também! Brindemos a todo o tipo de alegria! Inteligente, fútil, produtiva, recreativa... contanto que legítima.
Boa sexta a todos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário