terça-feira, 10 de maio de 2011

Do Rock e seus personagens "fictícios"


É muito comum lembrarmo-nos de personagens marcantes em filmes, seriados, novelas, livros, mas, outro dia, estava lembrando de uma determinada música e, naquelas de uma idéia puxa outra, reparei o quanto há personagens nas músicas também! E é disso que vou falar hoje!
Capa do disco Calango, Skank

Na década de 90, curtimos Jackie Tequila, música do Skank! E foi um grande hit que, até hoje, agita o show deles com aquela energia que só a nostalgia proporciona. Independente do que ou quem era Jackie, era o objeto de desejo e nela estavam todos os prazeres e belezas imagináveis. Também neste mesmo álbum (que foi o Calango) estava a música Sam. E nela outro personagem, que leva o nome do título; este bem menos marcante e era a figura do rebelde, do antimodismo.

Ainda nessa época outro personagem musical marcou o mundo das artes: Mr. Jones! Levando o nome da música do Counting Crows, Mr. Jones era, na verdade, o coadjuvante da música, pois era a companhia do narrador e, junto com ele, estava a conversar num bar ou casa noturna num clássico papo livre de bar, com direito a choros, bebedeiras e mulheres. O engraçado é que, antes de eu conhecer a letra da música, logo nas primeiras vezes que eu a ouvi, não imaginava que o tema era esse. Grande música!

Counting Crows no clipe de Mr. Jones

Polly foi a personagem criada por Kurt Cobain e teve uma polêmica na época sobre sua letra, onde dizia “Polly wants a cracker” (Polly quer um biscoito) e muita gente falava que na verdade a intenção era Polly quer crack! Não importa e isso não faz diferença ao peso da música que remete a nada menos que o seqüestro e abuso de uma criança. Dizem que foi baseado em um fato real, mas eu não creio nisso, embora possa ser baseado em realidade geral.

Legião Urbana lançou alguns clássicos personagens: João de Santo Cristo, de Faroeste Caboclo, um caipira marcado por uma vida difícil que sacrifica a vida por seus valores e morre em uma cena típica de drama grego; Leila, uma mulher comum e, ao mesmo tempo, fantástica; Eduardo e Mônica, um casal que tinha tudo para dar errado, mas deu muito certo e construiu sua vida batalhando, como bons brasileiros.

Legião Urbana
Capital Inicial lançou Natasha, uma personagem que larga tudo para viver os perigos e emoção do submundo; muito parecida com personagens estilo Christiane F., Bruna Surfistinha e afins. Essa música (tinha o nome dela) foi um grande hit do Acústico do Capital Inicial. E, uma geração antes, como não lembrar da clássica (e devassa) Silvia, de Camisa de Vênus! Com o refrão que dizia “Ô, Silvia, piranha!”, essa música dispensa comentários sobre o que falava da personagem.

Um dos mais clássicos personagens do mundo do rock talvez seja (e também leva o nome da música) Johnny B. Goode! Era um caipira de Louisiana que mal sabia ler, mas que era um fenômeno na guitarra. Na música, Johnny não era a figura do roqueiro rebelde, ao contrário do que o ritmo possa sugerir, mas era uma pessoa admirada por todos pelo seu dom de tocar guitarra e era uma aposta futura de ser um rockstar. Alguns dizem que Johnny B. Goode foi um personagem autoinspirativo de Chuck Berry, mas isso também não é confirmado.

Bem, antes que isso renda um livro, vou parando por aqui com a difícil tarefa de encerrar com um vídeo. Vou amenizar a minha indecisão encerrando com dois vídeos: um nacional e um internacional.

Valeu!





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