sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Cheers, saúde, paz e outras etiquetas


(Foto: Mario Bocelli)


Já critiquei a conduta do Reveillon, já desejei boas festas, já curti o momento da virada... tudo isso já foi tema de “papo” aqui no blog. A verdade é que gosto de fazer esses posts de fim de ano. Acho interessante aproveitar o momento, a crista da onda, para emitir boas energias. O importante ter a consciência do momento, das suas ilusões e suas oportunidades. O seu bom e o seu mal. O seu real e a sua mentira.

Lembram da foto que pedi para tirarem no Natal? Pois bem, não posso desejar outra coisa, senão, que repitam essa foto no Reveillon. Particularmente, gosto mais do Reveillon do que todas as outras festas, como já falei aqui no blog anteriormente, mas não há como negar que a energia de mudanças, de novo ciclo, é muito mais forte na virada do ano. Pergunto-me se o inventor do primeiro calendário, por mais rústico que tenha sido, imaginou o tamanho do mito que se criaria em torno disso. A verdade é que a consciência coletiva tem poder e toda essa sensação é uma vibração coletiva que cria. Todos na mesma vibe. Ou talvez sejam os astros e eu esteja completamente enganado. Pode ser também.

Seja qual for sua crença, sua razão, sua necessidade, curta a virada do ano e aproveite para externar o melhor de você nesse dia! E use a técnica da foto de novo! Vamos desejar o melhor! De repente, se todo mundo desejar isso, criamos uma nova vibe e poderemos ter mais coisas boas acontecendo na vida das pessoas!

Devaneios à parte, um bom Reveillon a todos! Os posts retornam em 2013 aqui no Out of the Box porque sempre haverá o que se falar quando estamos no universo da música e das reflexões!

Um brinde a 2013!
 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Sobrevivente: Natal


(Foto: Walldesk)

 
 E o mundo não acabou. E agora? Agora é Natal! Ele sobreviveu aos profetas maias! Coitados dos Maias. Condenados a profetas do apocalipse só porque decidiram acabar o calendário em 2012. O calendário, não o mundo. E quem disse que o calendário deles acabava em 2012?

Bom, passado o tumulto, e agora com o discurso dos astrólogos que isso não era o fim do mundo, era o fim de um ciclo universal e tal (estou brincando, isso pode até ser), continuamos com as nossas vidas. E nossos rituais. E nossas datas. O Natal é sempre a mesma coisa, não é? As propagandas de Panettone, da Coca-Cola, da prefeitura, das emissoras de TV... a família sentada à mesa. A ceia.

Eu desejo isso tudo! Só que desejo outras coisas também: tirem uma foto do melhor momento do Natal. O melhor. Guardem essa foto como um símbolo do que precisamos despertar em nós mesmos todos os dias. E que tenhamos todos uma boa ceia! Um bom Natal! Uma bela e divertida noite!
 
Um bom Natal a todos nós!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Balanço 2012: Filosofia de Botequim




Segundo post da sessão de ‘Balanços” do ano. Neste vou falar sobre o que o ano de 2012 deixa para as pessoas em questões comportamentais, cotidianas, e até loucas, ao melhor olhar de um adepto da filosofia de botequim! É certo que 2012 é um ano envolto em mitos e expectativas. Esse tal desse calendário Maia complicou a cabeça de algumas pessoas... e alimentou a máquina publicitária dos oportunistas de migalhas, aqueles loucos por tirar qualquer vantagem de qualquer coisa! Enfim, como me disse um ex-colega de trabalho que respeito muito: “não há pessoa no mundo que não adore uma história”.

Tirando os óculos de juiz da mídia, eu também gosto de uma história e acho todo mito (e não mentira) válido, embora minha razão se recuse veementemente em crer neles. Pelo sim, pelo não, entro no clima e aguardo o fim do mundo hoje tão tenso quanto acordar em seu primeiro dia de férias (muito tenso, não?). Enquanto ele não vem, penso em outro aspecto do ano. Mais. Da época. Olhando para trás, o que percebo dessa época é uma velocidade de informação nunca antes vista. Isso certamente está influenciando no nosso modo de pensar. A obsolescência nunca foi tão próxima da novidade! Só que as pessoas estão recebendo informações demais e nem todos estão sabendo filtrar o que interessa. O resultado: não aproveitam nada. Quem sabe fazer isso, está conhecendo projeções meteóricas e, paralelo ao sucesso, um desafio de criatividade igualmente poderoso!

Creio que nunca estivemos em uma época tão focada nas ideias e nas novidades. Só que imagine uma pessoa cheia de imagens virtuais em sua volta. É. Estamos enxergando uma enxurrada de ofertas virtuais que tomam nosso espaço e tapam a nossa visão para as outras pessoas. Os movimentos culturais e sociais ganham um poder enorme nas mídias sociais, mas são um completo deserto no mundo real. Nas ruas. Nas praças. Nas conversas. Na mesa de bar. E, por isso, tão ineficientes. A sociedade ainda é feita de pessoas. Ainda. E nunca estivemos tão individualistas. E egoístas. E sozinhos.
 
Estou falando de muita coisa diferente? É isso mesmo. É isso que 2012 nos deixa. Um mundo onde é tudo agora, junto, ao mesmo tempo. E quem souber administrar o tempo melhor, viverá melhor. Ganhar dinheiro fica um pouco mais fácil (não estou sendo hipócrita; olhe quantas pessoas enriqueceram nos últimos anos e compare com os anos 90 para trás); mas o mais valioso não é mais o dinheiro. É o tempo. 

Para as pessoas desprivilegiadas, os problemas não mudaram. Ainda estão de braços estendidos. Para os ricos, é o que falei acima. Para os médios, um pouco dos dois. E pior, talvez. Correr atrás de dinheiro e tempo simultaneamente não é simples. Que os próximos anos nos tragam mais evolução e que com o tempo que aprenderemos a administrar possamos nos aproximar das pessoas, realizar nossos sonhos e compartilhar a felicidade com os outros... não pelo Facebook, mas de verdade!
 
É isso.

 


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Balanço 2012: Música



Neste fim de ano, vou fazer duas sessões “Balanço”. Hoje começo com a sessão dedicada a música. Já falei de situações isoladas do cenário musical de hoje em dia, mas a ideia agora é dar uma olhada panorâmica do que está acontecendo até então. Afinal, qual é a herança de 2012 para o mundo da música? Para quem já conhece o blog, sabe que entro no universo da cultura pop e do rock; então, são esses campos que vou comentar.

Vou começar levando em conta um dos mais respeitados “medidores” da música, que na verdade está em total coerência com o que as rádios, TV e internet estão veiculando mesmo: A Billboard. Não sou muito chegado nas bandas cotidianas do mainstream, como já falei diversas vezes aqui, mas se o início dos anos 2000 foi turbulento, devo admitir que estou contente com as bandas que o final da década trouxe. Não digo que está ideal, genial, mas posso dizer com certa satisfação que a mundo pop tem alguns bons talentos hoje em dia. Por exemplo, estamos atravessando a “Era Adele”. Eu ando meio saturado das músicas dela, mas não tem como dizer que são ruins! Conhecemos também Lana Del Rey, que tem aspectos semelhantes a uma Adele com Lady Gaga híbridas... um som promissor também. Ainda no pop, as moças novas, Katy Perry e Carly Jepsen estão se mostrando competentes e um pouco menos fúteis do que foram Britney e Avril em suas épocas. Letras ainda bobas, mas menos vazias. No otimismo do desespero, isso não é ruim.
 


Brandon Flowers, The Killers. (Foto: Wyatt Boswell/RollingStone)
Fico contente de bandas mais antigas ainda conseguirem se destacar, como Coldplay e Maroon 5, que conseguem ainda estarem no topo dos rankings da Billboard. Madonna, resistente, que ainda se consagra como rainha do pop, também é legal. A Billboard anda rejeitando o rock, infelizmente. Na verdade, é o reflexo da cultura cotidiana. O rock anda sumido mesmo. Está muito mais presente no mundo underground do que esteve em outras épocas. Não que isso seja desconfortável para o rock, mas para nós, público, isso não é bom! Ainda assim, fico contente com bandas que resistem e continuam em alta como Foo Fighters e The Killers. Muse, banda inglesa de 1994 que estourou em 1999, também se mantém em alta e ainda emplaca sucessos na Billboard, representa bem o nosso saudoso rock! 2012 também encerra nos trazendo o retorno oficial do Soundgarden! O mundo estava precisando disso! É como um recado em papel amassado dizendo: “Não, o rock não morreu!”.

Ainda que existam artistas que não acho bons como Bieber (embora um dia ele possa vir a ser um grande artista), One Direction, Kesha, Taylor Swift, Ed Sheeran, Alex Clare e mais toda aquela turma do Hip Hop (tá bom, tá bom, esta foi tendenciosa, eu sei – odeio Hip Hop!), se colocar numa balança, o cenário musical está com boas promessas. Creiam, já foi pior! O início dos 2000 foi muito pior! Da turma nova, que chegou ao sucesso por agora, ouçam Lumineers. O som é meio folk, o que parece ser a nova tendência pop americana. Phillip Phillips, artista que saiu do American Idol, surpreendeu tendo talento para mais do que uma modinha (o que normalmente acontece com quem sai desses realities). Para mim, é uma grande promessa para os próximos anos. Mas de todas essas bandas novas a que mais estou dando ponto é a Fun. Foi a mais original, com som mais próprio, que apareceu. Eles são de 2008, mas estouraram em 2011. O hit deles, We are Young, foi o single mais ouvido de 2012. Essa música eles gravaram com participação de Janelle Monáe que, embora meio esquisita, tem seu mérito pelo talento vocal! Quero acreditar que essa banda ainda vai fazer boas músicas! Tomara!
 
 

Phillip Phillips (Foto: Gino DePinto, Aol)
Bom, frente a isso tudo, realmente já estive insatisfeito com as tendências musicais do mainstream, mas a invasão pop e folk que o final da década trouxe veio com algo mais do que modismo... ainda bem! Estou contente por ter algo bom a ouvir, pelo menos e curioso para saber se essas bandas vão superar minhas expectativas ou vão sucumbir aos holofotes da ilusão. Fico um pouco chateado por perceber o quanto o rock, meu estilo favorito, está perdendo espaço no gosto popular. Acho que tão cedo não virá uma Era como foi a Era Grunge dos anos 90, mas tudo bem. Contanto que as bandas continuem sobrevivendo. Aqui no Brasil o rock nunca foi tão forte, mas do jeito que anda, com bandas como Restart, Cine, Fresno, Karina Buhr (essa me dá calafrios só de falar o nome!), não dá para levar em conta. Os destaques ultimamente tem sido Rancore e Gloria. Parei para ouvi-los outro dia... arrependi-me amargamente! E nesse meio, Skank e Capital Inicial são bandas que ainda tentam sobreviver na mídia, mas já não alçam vôos tão altos hoje em dia. Tal qual a Era Grunge vai tardar a voltar, uma nova Era de Ouro como foi os anos 80 no Brasil, também está longe de retornar!

Nem tudo são flores, ok, porém, acho que no final das contas, a balança que 2012 nos deixa na música está em mais equilíbrio do que nos últimos 10 anos, por exemplo. Isso já é um bom sinal! Que continue melhorando (eu ia falar, continue assim, mas não é para tanto!) e nossos ouvidos e cultura um dia agradecerão! Desculpem a pincelada nas bandas sem aprofundar como costumeiramente faço, mas como a ideia era realmente fazer um balanço, tinha que ser só mesmo um panorama para não me estender ainda mais!

Encerro o texto, então, com um vídeo da Fun. e seu hit que tanto sucesso fez na internet e na mídia em geral! Curtam aí! Valeu!



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Simplesmente Chapman


Todo mundo, ou a maioria das pessoas, já foi a um café (bar/lanchonete). E ainda que seja um bar estilo lounge, nem todo mundo repara em quem está cantando, quando existe alguém cantando por lá. E ainda menos, que aquela pessoa pode ser o próximo astro da música. Pois, foi assim, na época da faculdade, que uma cantora americana, de voz forte, começou sua carreira. Essa cantora, que se apresentava apenas com um violão, era Tracy Chapman.

Oficialmente, sua carreira começou em 1988, quando lançou o seu primeiro álbum, chamado Tracy Chapman, embora já tivesse passado por outra gravadora menor desde 1986. Só que neste primeiro álbum estava a música que a lançou para o mundo: Fast car. Além desta, também tinha Baby can i hold you, o maior dos seus hits, em minha opinião. Não por ser a melhor, mas por ter sido a que mais ouvi nas rádios e TV. O que mais gosto em Tracy é a capacidade dela te transportar para dentro das suas músicas. Isso é uma das coisas que mais gosto na música! Além disso, ela é capaz de fazer grandes canções cantando só com violão, cantando com banda completa ou, até mesmo, somente cantando, como fez na música Behind the wall.

Admito que de início, quando ainda não sabia o nome dela, ouvia suas músicas e pensava ser um homem cantando. Sinto-me menos mal ao saber que isso era uma confusão bem comum de acontecer com outros ouvintes. Com letras sensíveis (seja fazendo crítica social ou falando introspectivamente), músicas tecnicamente simples, e uma voz única... Tracy Chapman merece o sucesso que tem por sua simplicidade que é, ao mesmo tempo, requintada em sua arte. Se é difícil ser um artista complexo, com músicas trabalhadas e bons efeitos, acredite: é ainda mais difícil ser um artista simples e reconhecido... e se destacar como dono de um talento único. Não vou convidar ninguém a ouvir Tracy Chapman porque muito dificilmente alguém já não a conhece, mas quis dedicar esse post a ela e, por tabela, a beleza e força da arte pura e simples. Da série “músicas (e músicos) que o mundo anda precisando ouvir hoje em dia”.
 
À arte.