sexta-feira, 28 de junho de 2013

Uma data de 10.000 anos atrás



Há 68 anos nascia um gênio da música brasileira. Ou teria sido há 10000 anos? A vida de Raulzito já foi muito falada e não é minha intenção fazer um texto biográfico, mas sim, uma homenagem. Hoje é a data de nascimento do saudoso Raul Seixas. E sabe que fico curioso em pensar o que estaria ele fazendo se estivesse vivo e bem? Não seria impossível, já que temos Caetano, Gil, Erasmo, Bob Dylan e tantos outros ainda mais velhos. E aí penso, em tempos de passeatas, Feliciano... o que Raulzito estaria falando disso tudo?

A metralhadora giratória de Raul costumava rodar no círculo da MPB, contra Caetano, Gil, até Tim Maia de vez em quando... e contra a música que dominava a sua terra natal, o axé. Hoje em dia, o rock nacional tomou rumos bem diferentes. Imagina o que ele falaria dessas bandas teen, como Restart, Cine e afins! Talvez até antes disso, Planet Hemp, Raimundos, Os Ostras, já teriam o incomodado, já que à época do lançamento do álbum Metrô Linha 743, o barulho desregrado já estava tirando ele do sério. É, talvez, cada um tenha sua hora certa e, talvez, a hora certa seja realmente certa.

A nós, fãs, resta a saudade, mas como arte é eterna, é sempre tempo de ouvir o bom e velho Raulzito! Sei que muita gente não gosta, outros gostam até demais, outros não conhecem direito, mas uma coisa há de se admitir: há tempos não se faz mais letras de rock de qualidade similar! Com todo respeito a Cazuza e Renato, pois fazem parte desse grupo também. Isso é um dos elementos que mais lamento e sinto falta no rock atual!

Enfim, Raul Seixas sempre será lembrado enquanto houver música! Parabéns, Maluco Beleza!

“Ó morte, tu que és tão forte, que matas o gato, o rato, e o homem, vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar! E que meu corpo seja cremado. E que minhas cinzas alimentem a erva. E que a erva alimente outro homem como eu.” (Canto pra minha morte, Raulzito)

 
 

 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário