(Foto: Equilibrium Escola de Música) |
A velha geração, na verdade, nossos pais e avós, costumavam classificar o rock como um estilo de música “barulhento”, “rock pauleira” ou coisas do tipo. Aí veio a ciência e fez um teste com plantas e afirmou: a estufa cuja planta crescia ao som de música clássica prosperou, ao contrário da que crescia ao som do rock, que murchou. Para ferrar de vez com o roqueiro, ainda os cientistas, disseram: os bebês cuja trilha sonora foi música clássica enquanto feto, são mais inteligentes; os cuja trilha, porém, foi rock são mais... perturbados.
Billy Corgan (Foto: Audio e Rock N Roll) |
Aí crescemos e, a contragosto dos queridos pais, curtimos rock. Ok, nem todos os pais são contra o rock, mas assim fica mais dramático! E lembrei-me dos tempos de escola, quando tínhamos que estudar para as famigeradas provas... ou não, mas mandava o bom senso, que sim. E se o assunto fosse algo como... química? (eu odiava química). O momento “porre” se tornava muito mais leve com um som ambiente e é aí que entro no assunto pretendido: as trilhas sonoras durante as tardes de dever.
Naquela época, lembro-me de ouvir Smashing Pumpkins enquanto estudava. Era o Mellon Collie and the Infinite Sadness, com as famosas Zero, Tonight, tonight e Bullets with butterfly wings. Eu preferia ouvir internacionais quando estudava porque o risco de parar para prestar atenção às letras e dispersar era menor. Muitas vezes isso não funcionou, mas tudo bem. Essas músicas me davam ritmo no estudo, mais ou menos como a técnica que os “atletas de academia” usam com seus iPods da vida.
Ouvia também alguns hits do momento como Mr. Jones de Counting Crows (sei que hoje em dia muitos não agüentam mais ouvir, mas naquela época não era assim tããão massacrada), Money de Pink Floyd (não sei por que, mas tinha voltado às rádios com relativa freqüência) e alguns pop’s como All I Wanna do, Oh Carol e Everybody – Sheryl Crow, Neil Sedaka (mas a versão dos anos 90 era regravação não me lembro de quem) e Dj Bobo respectivamente. Essas músicas não eram assim tão interessantes, embora hoje sejam saudosas, e era bom porque serviam só de som ambiente mesmo e tentavam me manter na linha.
(Foto: blog Apetece-me Música) |
Agora, houve duas, também hits da época, que foram fatores de dispersão total: Polly, do Nirvana, e Over my shoulder, de Mike and The Mechanics. Parecem bobas? Claro. Só que para um aprendiz de violão que eu era naqueles dias, qualquer música manjada é uma benção; ainda mais com tão poucos (e fáceis) acordes! Engraçado lembrar essas coisas e ver como essas imagens retornam à mente imediatamente. Sou capaz até de relampejar na cabeça os assuntos que estava estudando. Isto é o rock formando juízo. Se me dei bem nas provas em questão eu não sei, mas que me renderam duas músicas no repertório de roda de violão e uma história para contar, isso ninguém pode dizer o contrário.
Uma boa noite a todos!