sexta-feira, 1 de abril de 2011

Depois de 30 segundos


Jared Leto, vocalista do 30 Seconds to Mars

Show do 30 Seconds to Mars. Ok, eu falaria disso mesmo se não tivesse sido ameaçado de morte pela minha esposa. Brincadeiras à parte, eu a acompanhei ao show dessa banda na última terça-feira e disse que faria um post sobre tal desde que o mesmo não fosse totalmente um desperdício de tempo. A contragosto dela, que curte a banda, eu estava pronto para fazer uma crítica ferrenha, mas admito ter tido algumas boas surpresas e, afinal de contas, eu não conhecia a banda tanto assim para gostar ou não. Vamos aos comentários, então, que é o que interessa.

O show aconteceu no Vivo Rio; para quem não conhece, é um lugar relativamente pequeno e parece um teatro (ou auditório) adaptado para casa de show, o que eu não acho ruim, porque acaba sendo mais confortável. Claro que para quem quer um grande show, não é lá o lugar certo. A banda foi pontual, não que eu me importe com isso, mas tem gente que dá valor.
O início do show. (Foto: Malena Eguia)

Parênteses: o primeiro susto que levei (e me fez pensar “o que estou fazendo aqui”) foi entrar no ambiente e me sentir o tiozão. O público era basicamente formado de adolescentes. Tremi nas bases pensando ter caído numa armadilha emo ou movimentos similares desses protótipos de rock moderno. Não foi bem isso... ainda bem!

Eu tinha ouvido algumas músicas da banda antes do show e, admito, não faz o meu tipo de rock. E, no show, eu confirmei isso, mas teve um aspecto de se admirar: Jared Leto é mestre na arte de conduzir o público. Ele cria uma sintonia imediata com seus fãs no momento em que pisa no palco. O instrumental deles é simples, ao contrário das versões de estúdio de suas músicas, mas sua qualidade de execução é boa o que, para mim, indica que são bons músicos. A voz de Jared estava muito prejudicada por conta dele estar doente (ele assumiu isso e desculpou-se), mas para compensar, ele agitou bastante e interagiu muito com o público, beirando o exagero.

Como não conhecia as músicas, não pude avaliar se estavam de acordo com as expectativas ou não, mas gostei realmente dos instrumentais e não houve exagero nos efeitos, nem de som, nem de palco (algo que, por sinal, detesto). Gostaria apenas que fossem um pouco menos comerciais, porque é um pouco esquisito ver o Jared Leto (já próximo dos 40 anos) vestindo-se feito um adolescente, mesmo que tenha cara de um. Inclusive, acho que se o visual fosse mais rock de verdade sua banda seria mais respeitada pelo meio musical. Claro que eles optam pelo que vende mais, mas, enfim, cada um escolhe seu caminho. O que sei é que, no final, eles são uma banda com potencial, mas fantasiados de banda emo. 
(Foto: Malena Eguia)

Quanto ao show em si, durou próximo de 2 horas, talvez. Não estava lotado, não houve nenhuma confusão, nem quando Jared pulou em direção à platéia, onde foi assediado pelas fãs, mas nada além disso. Gostei da generosidade deles, principalmente, no final do show quando, após saírem e voltarem duas vezes ao palco, colocaram várias pessoas para subir ao palco e ficar de fundo de foto que ele mesmo tirou e postou na internet depois. Realmente a arte da comunicação é dominada pelo Jared Leto. Não sei se serei execrado aqui, mas ainda assim devo comentar: sei que ele canta bem, mas prefiro ele nas telas do cinema do que no palco. 

O final do show. (Putz, até Lena e eu aparecemos nesta foto lá no fundo! Deixa pra lá)

De qualquer forma, pelo simples fato de não ter me decepcionado, o show valeu a pena. A banda engana pelo seu visual de “teen rock”, mas o som é bacana, mesmo sendo o estilo new wave dos anos 2000 (que não é minha praia). Melhor assim do que se fosse o contrário: banda com cara de boa e com rockzinho emo ou coisa do tipo. Valeu conhecer o show deles. Quem curte esse estilo de música, é uma boa banda para ouvir. Vou encerrar com dois vídeos amadores de fãs que estavam no show e postaram no youtube: Ana Paula e outro, que se identifica como Sifreckles.

Foi isso.







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