Rockz. Show no Studio Bar (Foto: blog La Cumbuca) |
Essa semana a banda da vez é a Rockz. Banda carioca, fizeram seu primeiro show em 2006. Na verdade, apesar de relativamente nova, ela tem integrantes bastante experientes no cenário. Pedro Garcia, o baterista, era da antiga banda Cabeça e, depois, do Planet Hemp. Seu guitarrista e vocalista, Gabriel Muzak, era da Funk Fuckers, depois do Seletores de Frequência. O Daniel Martins, baixista, tocou com Lobão... enfim, acho que posso dizer que a Rockz é filha do próprio rock nacional.
O som deles é bastante eclético. Suas músicas não caminham em linha reta, o que eu acho muito bom, muito rico. O ritmo das suas músicas acelera e desacelera com uma naturalidade incrível, coisas que costumávamos ver em bandas como Black Sabbath. Algumas vezes, utilizam da guitarra mais limpa, em ritmo rápido, encorpada por uma bateria forte, e combinada com uma melodia meio que “pausada”, não sei se o termo seria esse, mas aquela melodia que parece estar à margem do ritmo da música, cantada com relativa tranquilidade enquanto o som está trazendo o caos musical traduzido em um rock muito bom. Isso me lembrou o estilo dos Strokes. A música Divertida e Veloz é um exemplo disso.
Gabriel Muzak, vocalista. (Foto: Luciano Oliveira; Rock em Geral) |
A impressão que me dá ao ouvir o Rockz é de estar ouvindo uma banda que já conhecia, como se sempre tivesse ouvido o som deles. É uma banda, definitivamente, madura. Sua produção é boa, a qualidade das suas músicas é bastante profissional. A variedade dos estilos das músicas é outra coisa que chama minha atenção e certamente deve fazer o show deles, em palavras de Cazuza, um “veneno antimonotonia”. É bom quando ouvimos uma sequência de músicas de uma banda e nos surpreendemos com cada faixa, ao invés de termos aquela sensação chata de que todas as músicas são parecidas como se o cd todo fosse feito de uma gigantesca faixa de 40 minutos.
Tive entre as favoritas, a música Hare Hare. Provavelmente, pela combinação de letra irreverente e irônica (que acho um recurso tudo a ver com rock) e o ritmo com claras influências grunge que, como sabem, é um dos meus preferidos do rock. O carro-chefe do disco deles, Tô planejando, também figura entre as que mais gostei. Usam vocais num estilo “improviso produzido” muito bom e que leva a imaginar o quanto deve ser legal ouvi-la num show. Sabe aquele tipo de música que, ao vivo, você pode tocar por uns 7 minutos só por causa da possibilidade de improviso que a música permite e da possibilidade de interação com o público? Pois bem, Tô planejando é uma música assim. Gostei bastante.
Rockz, parabéns por sua variedade musical, por sua ótima produção, pela riqueza do som que me fez voltar ao tempo dos 90 aqui no Brasil, onde éramos surpreendidos pelo trabalho das bandas que apareciam! Seu som é de primeira! Repertório obrigatório de se conhecer!
Resgatando o Rock é falar de música boa, de rock de verdade, de bandas que deveriam ser os ídolos dessa geração. Aproveito para falar a quem toca, tem banda, está na pista produzindo o melhor do rock... manda o seu link, seu material, seu perfil em sites de relacionamento, ou o que quer que seja, para mim que ajudo a divulgar aqui pelo blog, nos próximos Resgatando o Rock.
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É isso! Valeu!
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