sábado, 2 de outubro de 2010

Resgatando o Rock: Maglore

Maglore (Foto: Azevedo Lobo)
Maglore é uma banda que começou em 2009 em Salvador. Sendo sincero, não lembro como conheci, se foi numa das minhas garimpadas insistentes por MySPace, Palcomp3 e afins ou se me foi indicado via Twitter por alguém. Também não creio que isso importe, pois o que importa no final das contas é termos bandas fazendo um som de qualidade no nosso cenário musical; dar uma levantada no rock nacional.

Como morei em Salvador por pouco mais de 10 anos, sempre ouço bandas de lá, ávido por apoiar o rock baiano, que muito embora o senso comum creia que lá é só terra de axé e pagode, tem ótimas bandas. Muito frequentei as casas do Rio Vermelho (bairro de Salvador conhecido ter casas de show de rock – ao menos na minha época) para fugir da onde “axé/pagode” que tenta rotular a cidade, e ficava um pouco chateado das bandas de rock ficarem presas ao cantinho underground. Ver uma banda baiana ganhar espaço e se destacar tocando rock é algo que me deixa muito satisfeito.  E a Maglore está superando todas as expectativas.



O som deles tem o corpo do rock e detalhes de outros estilos. Acho que essa mistura fez o diferencial para conseguirem solidificar um som rico, para conseguirem imprimir o estilo próprio das músicas. A guitarra consegue oscilar bem entre o peso e o som limpo. Dá para ver a influência do rock britânico nitidamente, influência esta declarada pela própria Maglore. A bateria tem a força certa para prender as músicas na alma do rock e armar o cenário para os outros instrumentos transitarem nos estilos que couber na música deles.

Maglore no Groove Bar (Foto: Azevedo Lobo)

As bandas que me chamam a atenção sempre o fazem por alguma característica específica e no caso da Maglore o que me “puxou pelo pé” foi um recurso que percebi e do qual é um dos que mais contribui para linkar uma música com a alma das pessoas: o ritmo e o peso da música acompanham a emoção que o vocalista está transmitindo. É claro que normalmente é o contrário, o vocalista canta conforme a composição da música, mas estou falando de como isso chega até as pessoas. E o que a música da Maglore me transmitiu foi justamente essa sintonia. Sabe aquele tipo de música que, por exemplo, você entra num ambiente conversando com amigos e está tocando um som no rádio e quando começa a próxima música você para de conversar na hora para prestar atenção? Foi essa sensação que tive.

As letras das músicas de Maglore são bem feitas, mesmo quando falam de assuntos simples, são escritas de forma rica; e letra de música é algo que não posso dispensar para qualificar um bom rock. O vocalista se expressa bem, evolui bem durante a música, conduz bem a emoção delas.

Todo o espaço que a Maglore está conquistando é merecido. O som é bom, a letra é boa, é espírito de rock. Parabéns, Maglore! Recomendo o seu som!



Resgatando o Rock é falar de música boa, de rock de verdade, de bandas que deveriam ser os ídolos dessa geração. Aproveito para falar a quem toca, tem banda, está na pista produzindo o melhor do rock... manda o seu link, seu material, seu perfil em sites de relacionamento, ou o que quer que seja, para mim que ajudo a divulgar aqui pelo blog, nos próximos Resgatando o Rock.

Salve a Bahia! Salve o rock!


Um comentário: