sábado, 9 de julho de 2011

Quando os poetas partiram


Em uma rápida homenagem, vou relembrar duas pessoas que marcaram a digital no mundo da música de forma singular. Estou me referindo a Jim Morrison, que faleceu em 03/07/1971, e Cazuza, que deixou nosso mundo em 07/07/1990.

Jim Morrison, vocalista e líder da banda The Doors, foi dono de um rock genuíno. Não concordo com o título que sua banda ganhou certa vez, de banda mais monótona do rock. Ao contrário, acho que o estilo que fizeram foi único, original. Com tendências de blues, pop e progressivo, Jim conseguiu expressar seus tumultuados sentimentos e ser considerado dono de uma das mais fortes vozes do rock.

O que algumas pessoas talvez não saibam é que, mais do que músico, Morrison era poeta, e não como falamos normalmente por enaltecimento, mas formalmente falando. No final da vida, dedicou-se muito mais aos poemas do que músicas, alegando ter tido um bloqueio criativo para músicas. Jim Morrison morreu na França, onde residia já há alguns anos antes. Gosto muito da forma de cantar dele. Sua performance era sua melhor característica, mais do que a voz, e sua aparente indiferença ao público meio que o mitificava dando um clima de ritual aos seus shows. Salve, Jim!




Cazuza teve uma história bem diferente. Talvez não tenha passado por uma história de família instável. Talvez não tenha criado um som original. O que é certo é que foi um dos melhores letristas do rock nacional. Com influências na MPB, Cazuza explorou a subjetividade misturada com romantismo em suas letras. E por vezes (muitas) a rebeldia foi sua marca registrada. Em comum com Jim Morrison, o gosto pelos poemas. Não foi a voz que o destacou. Não foi a performance também, mas as frases, as entrelinhas, a atitude. Às vezes, romântico. Às vezes, rebelde. Às vezes, maduro. Às vezes, moleque. Em todas as vezes, Cazuza.

Long live Rock’n’Roll!




Nenhum comentário:

Postar um comentário