Olha que curioso: de todas as situações desagradáveis que uma pessoa pode sofrer, não fisicamente, mas no aspecto de relações sociais, uma das que mais vejo ser citada é “ser enganada”. A mentira é uma das coisas que mais irrita o outro. Agora, é de espantar que só prestemos atenção a ela quando nos é trazida em forma de diálogo; ou seja, quando estamos conversando com alguém e este nos mente. E isso dá um sentimento de repulsa terrível. Ok. Mas por que aceitamos a mentira que nos é imposta desde sempre pelos mais variados meios de comunicação? TV, escola, livros, grupo de pessoas... Ei, eu não estou acusando todos os meios! Daqui a pouco, vão dizer “Pô, o Leo está mandando jogar os livros fora!”. Não é isso.
Rebobinando: existem as mentiras individuais: aquelas que uma pessoa vem, conta, e cedo ou tarde percebemos. Dá raiva, não? Ok. Só que existem também as chamadas mentiras coletivas: aquelas que foram formadas por consenso de pessoas. Estas são as mais perigosas, porque podemos não perceber jamais! E é tão alienante que a verdade passa em nossa cara e mesmo assim continuamos grudados na mentira como se esta fosse um talismã, um porto seguro... ou qualquer coisa do tipo.