Estava assistindo o VMA 2010 na TV e não pude evitar a onda de nostalgia que bateu. Eu tinha dito a mim mesmo que não assistiria essa premiação porque sabia que isso me forçar a pensar no cenário musical de hoje em dia e que, sinceramente, não me sinto com muita afinidade. Bom, contrariando o certo, não resisti e lá estava eu acompanhando a premiação de novo. Logo de cara, encarei o show de Eminem. Ok. Não vou falar mal. O cara é bom no que se propõe a fazer, embora não seja do meu gosto. Em meio aos shows, que basicamente foram dominados pela turma do Hip Hop e R&B, saíram as premiações. Achei bastante previsível, mas não injusto. Na verdade, normalmente os prêmios votados são previsíveis mesmo.
Lady Gaga foi a grande vencedora com 8 prêmios, incluindo o principal da premiação que foi o de “Clipe do ano”. Acho merecido, ela é realmente uma excelente artista, canta bem, é original e, se dizem que é sucessora da Madonna, vou falar uma coisa: para mim, a Lady Gaga é mais artista do que a Madonna. Uma vez tuitei isso e quase fui espancado virtualmente, mas juro que acho isso mesmo. E olha que eu costumo ser conservador com minhas opiniões musicais!
Bom, mas o que me incomodou no VMA não foram as vitórias da Lady Gaga. Na verdade, dos artistas que estavam concorrendo, ela era minha favorita mesmo. O que me perturba um pouco é ver que o rock, meu gênero favorito, está realmente perdendo espaço, ao menos no terreno americano. Ok, ok, não tenho nada a ver com isso, mas queiramos ou não, é de lá que a moda musical começa. Aí veio na minha cabeça uma inevitável comparação com os VMAs de 92 e 93.
Em 1993 o grande vencedor da noite foi Pearl Jam, estourando com o clipe de “Jeremy”. O vencedor do clipe alternativo (que nem entra mais nas categorias do VMA) foi para o Nirvana, com “In Bloom”. Por sinal, a presença das duas bandas foi constante naquele ano. Ah, bons tempos! Claro, era a década do grunge; não poderia ser diferente.
Neste ano de 2010, o artista revelação do ano foi Justin Bieber. Em 1993, tínhamos o Stone Temple Pilots levando esse título. Em 1992, o Nirvana. Para amantes do bom rock, comparar o VMA de hoje com os antigos, é impossível. E é nisso que percebemos como muda a influência musical durante os anos. Lembrem-se que o VMA é uma premiação votada por fãs. A era do pop, do hip hop, do R&B é a que está sob os holofotes da mídia, da opinião pública. Que seja, então. Parabéns, Lady Gaga. Parabéns, Just Bieber... ops... Justin, desculpem.
Ainda bem que o rock tem a façanha de se adaptar bem ao underground. E, na verdade, é até mais espirituoso nesse cenário. E ainda bem que a música não morre. De qualquer forma, vale a pena, sim, aplaudir a vencedora do ano. Está aí o clipe que mais ganhou prêmios este ano:
Que seja pop, rap, rock... mas que seja música boa, música para alma. E só.
Concordo que a Lady Gaga é uma artista completa, melhor que muitos na atualidade... mas... melhor clipe do ano? Não sei se merecia tanto...
ResponderExcluirLeozinho, bem vindo à blogosfera! :) Adorei! Já te adicionei no meu google reader e já estou seguindo no twitter!
ResponderExcluirFiquei curiosa sobre sua comparação entre Madonna e Gaga. Fale mais sobre isso... :)
Leninha, parabéns! O lay out ficou bem legal!
:*
Leo, também sinto pena do sumiço do Rock, embora não tenha o mesmo gosto que você. Gostei bastante do seu post. #8)
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