quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Resgatando o Rock: o fruto de Maglore


Maglore (Foto: Erick Paz)

Retornando com o Resgatando o Rock, depois de tempos sem postar a coluna, hoje falando mais uma vez de uma das bandas que participaram do Resgatando anteriormente: Maglore (se não leu na época, clique aqui). O motivo disso é comentar o recém lançado álbum deles, chamado Veroz.

Veroz é um álbum de 13 faixas e, como (quase) todo disco de rock (será que ainda posso chamar assim? Para minha geração, vai demorar a desacostumar!) tem seus momentos de pico emocional e momentos de descanso, o que não significa leveza instrumental, mas sim, de condução emocional que a música passa aos ouvintes. Posso falar com toda segurança que, como um todo, Veroz é um material muito bom! Agora, vamos “destrinchá-lo” passo a passo:

Hoje em dia não ficamos mais presos à sequência das músicas como antigamente porque a maioria das pessoas está ouvindo as músicas pela internet e as executa na ordem que bem entende. De qualquer forma, vou falar na ordem que me foi apresentada pelo site da banda e imaginar que fosse a ordem de um cd físico (na verdade, nem sei se eles o fizeram). Enfim, Às vezes um clichê foi a primeira e devo dizer que foi uma ótima música de introdução. Ela é leve e tem ótimos vocais que, não canso de dizer, é um recurso que adoro na música! Depois ouvi Tão além, que é uma música que trouxe um toque de rock antigo no instrumental; suas guitarras lembram o princípio dos anos 70. Terceira: Enquanto sós. Esta desacelera o disco. Exibe o lado sereno e até romântico da banda, embora não seja um romantismo "nas nuvens". Deve ser uma ótima música que eu costumo chamar de "música de descanso" para shows.

É na quarta música que o álbum retoma sua velocidade e força. Megalomania tem uma letra boa, uma bateria marcante (ouso dizer que ganha destaque entre os outros instrumentais) e, principalmente, explora bastante a voz de Teago (vocalista). Como falei anteriormente, esse cara tem o dom de passar expressão na voz e, nessa música, ele tem todo o espaço para isso. Depois se seguiu Todos os amores são iguais, que traz o elemento que o grunge disseminou nos anos 90 a oscilação peso/leveza dos instrumentais. Excelente música! Ótima levada! Seria uma ótima música para encerrar o álbum! O mel e o fel foi a sexta; é uma música linear que tem bom ritmo e letras, mas achei que, em comparação às outras, foi mediana, não por ser ruim, mas pela grandeza das que tinha ouvido até então. Ainda assim, merece atenção. Sétima: Demodê. Os vocais e o instrumental estão ótimos, mas me lembrou Los Hermanos, então, para não ser injusto, prefiro não comentar.

Pai mundo aproxima-se da MPB moderna e aproveita para falar de forma mais leve também. Não curto o estilo, mas o aspecto da versatilidade da banda ser provada neste momento é algo que não pode ser definida como defeito. É uma grande qualidade! Depois veio A sete chaves que retoma o ritmo agitado. Música linear, mas gostosa de ouvir. Ouvi uma gaita? Fantástico! Décima: Armadilhas de papel. Dá bastante espaço para explorar a voz e a melodia é legal. Teago desenvolve bem a música, que até poderia ser sem expressão se caísse nas mãos do vocalista errado. Acabou se tornando uma música carregada de expressão. Ponto para o solo estilo "anos 60" da guitarra!

Na sequência, Lápis de Carvão que foi a do vídeo que postei anteriormente. Já tinha gostado. O forte, para mim, é a letra, que contém bons símbolos. Gosto disso! Depois, Amaria sonhos coloridos; colocaria antes de Lápis de Carvão. A música mantém o nível melódico e de conteúdo das anteriores e me soa como uma música de transição entre as músicas mais pesadas e mais leves da banda. Isso é legal! A última chama-se, justamente, Despedida e é mais uma que mostra o lado mais "light" da Maglore, exibindo uma letra mais carregada de poesia e, novamente, se aproximando da MPB, mas desta vez com um toque folk forte e isso, particularmente, me agrada bastante! Boa música para se ouvir em momentos calmos.

Excelente álbum! Fico, uma vez mais, extasiado por termos a Maglore no cenário do rock baiano, o qual sempre apoiarei! Parabéns para a banda e continuo desejando todo o sucesso possível para eles! Recomendo muito o som Veroz!



Resgatando o Rock é falar de música boa, de rock de verdade, de bandas que deveriam ser os ídolos dessa geração. Aproveito para falar a quem toca, tem banda, está na pista produzindo o melhor do rock... manda o seu link, seu material, seu perfil em sites de relacionamento, ou o que quer que seja, para mim que ajudo a divulgar aqui pelo blog, nos próximos Resgatando o Rock.

E-mail do Out of the Box: contato.ootboxx@gmail.com

2 comentários:

  1. Putz, esqueci de avisar para quem quiser ouvir o álbum, acesse a página da banda: http://www.maglore.com.br

    ResponderExcluir
  2. sou suspeita pra falar dos binhos! amo o #veroz!

    ResponderExcluir